segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A Aliança Rebelde

A Aliança Rebelde
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Vivemos um estado de exceção, desobediência civil é inútil. A desobediência civil pressupõe que os direitos básicos sejam respeitados e que a justiça será feita de maneira imparcial. Em estados de exceção a justiça apenas pune seletivamente aqueles que possuem menos dinheiro.
A resistência pacífica também favorece a violência. Sentar-se no chão em frente a uma tropa de choque somente coloca o rosto dos manifestantes a um alcance mais fácil dos cassetetes da polícia.


Não esperem que os que detêm o "monopólio" da utilização da violência aceitem entregar seu poder facilmente. Eles não possuem escrúpulos e utilizarão suas tropas de choque acéfalas para reprimirem cegamente a população. E considero ser quase impossível que essa tropa de choque tome consciência de que faz parte do povo, pois uma das características para alguém se tornar "tropa de choque" é justamente a incapacidade de empatia e a capacidade de seguir cegamente ordens. Dançar ciranda na frente de uma tropa fortemente armada e pronta para reprimir violentamente é pedir para ser violentado.

Não podemos esperar que as instituições e os mecanismos legais protejam a sociedade, as instituições legais servem apenas ao propósito de garantir os privilégios dos ricos e manter os pobres sob controle. A esperança da via democrática é uma ilusão. Pelos meios legais a ordem estabelecida irá se manter para sempre. O sistema judiciário e feito pelos ricos e para os ricos. Quantos juízes vieram das classes mais pobres? Quantos juízes vieram das classes mais ricas? Esperar que a justiça seja feita para garantir os direitos dos pobres é uma ingenuidade que devemos abandonar.

O que precisamos é nos organizar além dos sindicatos. Criar uma rede de informações e contrainformações. Precisamos também aprender a enfrentar o sistema repressivo de maneira não passiva. Não precisamos ser o saco de pancadas das tropas de choque. As tropas de choque se organizam e atacam como soldados do império romano. E os soldados do império foram derrotados inúmeras vezes pelas táticas de combates “bárbaras”.

A guerra civil já está instaurada há muito tempo. São os ricos contra os pobres. Eles são menos de 1%, mas controlam as forças armadas. Somos os 99%, desorganizados, porém somos a maioria. O dia em que aceitarmos o fato de que não devemos nos entregar como sacos de pancada esse 1% irá tremer. Sendo assim, se quisermos realmente lutar e reverter os atos do governo golpista, devemos ter em mente os seguintes aspectos:

1-     A hora é de radicalismo, precisamos ter noção de que a via democrática está condenada. Os sistemas legais do golpe não vão permitir que QUALQUER candidato que realmente reverta todos os atos do governo golpista dispute as próximas eleições;
2-     A organização sindicalista não possui força suficiente e não possui coragem para os enfrentamentos que estão iminentes;
3-     Os meios de comunicação de massas são instrumentos da classe dominante, não teremos destaque na mídia global caso não tomarmos de assalto nosso direito de comunicação livre e imparcial;
4-     Precisamos de um rompimento histórico com a mentalidade colonial e entreguista que persiste em nosso país;

5-     É urgente que o sistema jurídico seja totalmente reformulado. Suas bases são elitistas e na atual forma de organização, o poder judiciário só promove a injustiça social.

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